terça-feira, 25 de setembro de 2007

História social do simbolismo

Nascido na França por volta de 1880, o Simbolismo se define como um movimento artístico, relativamente complexo, abrangendo música, pintura e literatura, na qual se destaca a poesia. O símbolo é o recurso mais adequado para exprimir a evocação, as aspirações e os impulsos dos instintos humanos. Ainda conforme teóricos do Simbolismo, a tendência ao individualismo alimenta o emocional, opõe-se à expressão das idéias e ao uso das imagens. No início da década 1890, no Rio de Janeiro, um grupo de jovens, insatisfeitos com a extrema objetividade e materialismo da corrente literária dominante (Realismo/Naturalismo/Parnasianismo), resolve divulgar as novas idéias estéticas e literárias vindas da França. Eram conhecidos como os decadentistas. Esse grupo formado, principalmente, por Oscar Rosas, Cruz e Sousa e Emiliano Perneta lança no jornal Folha Popular o primeiro manifesto renovador. Em 1893, Cruz e Souza publica dois livros Missal (prosa) e Broquéis (poesia), obras que definem a história do Simbolismo brasileiro. O início do Simbolismo não pode ser entendido como término da escola antecedente, o Realismo. Na realidade, no final do século XIX e início do século XX temos três tendências que caminham paralelas: O Realismo, o Simbolismo e o pré-Modernismo. Só mesmo um movimento com a amplitude da Semana da Arte Moderna poderia acabar com todas essas estéticas e traçar novos e definitivos rumos para a nossa literatura.

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