segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Análise da obra

Seus poemas são marcados pela musicalidade (uso constante de aliterações), pelo individualismo, pelo sensualismo, às vezes pelo desespero, às vezes pelo apaziguamento, além de uma obsessão pela cor branca. É certo que encontram-se inúmeras referências à cor branca, assim como à transparência, à translucidez, à nebulosidade e aos brilhos, e a muitas outras cores, todas sempre presentes em seus versos.
Não é difícil entender que alguém negro, nas condições de Cruz e Souza, pudesse, em algum momento, cogitar um outro status. Também não se há de esquecer que, nos primeiros anos da vida do poeta, ele teve o calor do colo de uma mulher branca, que além de rodeá-lo de carinho, foi sua mestra de primeiras letras.
Quando Cruz e Souza diz "brancura", é preciso recorrer aos mais altos significados desta palavra, muito além da cor em si.
No aspecto de influências do simbolismo, nota-se uma amálgama que conflui águas do satanismo de Baudelaire ao espiritualismo (e dentro desse, idéias budistas e espíritas) ligados tanto a tendências estéticas vigentes como a fases na vida do auto.
Livros
Tropos e Fantasias (1885)
Broquéis (1893)
Missal (1893),
Evocações (1898)
Faróis (1900)
Últimos Sonetos (1905)

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